sábado, 5 de janeiro de 2008

Trecho de uma entrevista que concedi, em maio de 1991

Não me lembrava mais...
Procurando um texto meu,
acabei achando algumas considerações minhas sobre amor e paixão.
Foi bom reler e ver que continuo pensando
do mesmo jeito e vivendo apaixonada!
Bom final de semana a todos!

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Entrevistador- É impressão ou sempre vivestes apaixonada?

Gilia- Sempre vivi meus amores com muita paixão. Digo isto pois há bastante diferença entre viver amores e viver o amor...
No entanto, o sentimento paixão, para mim, é um "sintoma",
e o amor é algo mais claro e estável.
Paixão é ótimo. É auto-estima nas alturas, é sentir todos os poros do corpo, é sentir que o dia pode ter 24 horas ou 72h, dependendo do que você quer fazer, como administra esse tempo e as sensações, que mudam durante o teu dia.
Amor é a estabilidade. Mas não confunda com acomodação.
O amor é o sentimento já definido, maduro, depois da paixão.
É uma sensação prazerosa de estar vivo e capaz.


E - Podem ambos conviver?

G - Até podem, desde que a paixão tenha sido bem real, desenvolvida, elaborada e vivida.
Ocasionalmente pode acontecer de uma paixão virar amor
ou amor virar paixão!
Muitas vezes a paixão não passa de um tempo ardente e momentâneo. Outras vezes o amor, mesmo sendo amor verdadeiro e forte, fica sem paixão. Isso não é bom.
Já, outras vezes, o amor solidifica-se tanto, é tão bem trabalhado e amadurecido, no dia a dia, que se torna um amor apaixonante e este é muito convivível.
Respondendo objetivamente: Sim, acho que podem conviver, mas é relativo, como tudo!!!

Porto Alegre, maio de 1991

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