terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

"Arte-final", de Affonso Romano de Sant'Anna

Não basta um grande amor
para fazer poemas.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.

O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.

Uma coisa é a letra,
e outra o ato,

– quem toma uma por outra
confunde e mente.
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2 comentários:

Diniz Neto disse...

"Eu queria ver no escuro do mundo
onde está tudo o que vc quer
pra me transformar no que te agrada
no que me faça ver
quais são as coisas e as cores
pra te prender..."

Será que vc ainda pensa em mim?

Hoje eu não quero lápis, nem folha branca pra desenhar poema...
quero só pele e alma.

Vovó Ondina é gente fina!

Saudade imensa na noite sem Dimple!

Diniz Neto disse...

Bandolins

Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...

E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim...

Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos Bandolins...

Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...

Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...

Composição: Oswaldo Montenegro