Minha lucidez não tem modos nem acontece em sutilezas.
Minha lucidez tem disfarces que nem eu mesmo reconheço.
Se peço a ela que se manifeste, apenas com um leve aceno em minha alma,
ela busca meu olho e se instala em meu olhar.
Se digo a ela que me esqueça um pouco,
ela procura as janelas da minha mente,
entra por todas e se debruça, desafiante,
para ensaiar seu pouso.
Então, em vôo liberto,
inventa paisagens,
canta canções,
rascunha retratos,
vasculha minha vida
e novamente se instala.
Minha lucidez gargalha.
Minha razão avisa:“Cuidado!”
Mas não tenho argumentos de fuga, nem álibi para encontro.
Apenas me encanto,
me divirto e, em cenários absurdos,
espalho pedaços do meu eu
deixando rastros para as duas.
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INSANA LUCIDEZ
Gilia GerlinG
-Em 04/11/2007-
2 comentários:
Gilia querida, que coisa mais linda este poema!
"...Minha lucidez tem disfarces que nem eu mesmo reconheço."
Bravo!
Beijos em seu coração
Márcia
Estive por aqui em visita ao seu blog!!! Abraços Ademar!!
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